Jason Vorhees volta às raízes em novo 'Sexta-feira 13'

Ele já foi afogado, queimado "vivo" e decapitado. Foi mandado para o inferno, ao futuro e até para o espaço. Quase três décadas depois de sua estreia nos cinemas, Jason Vorhees, o psicopata mais querido dos fãs de filmes de terror, renasce mais uma vez nesta sexta-feira... 13. Batizado com o mesmo título do original de 1980, "Sexta-feira 13" tem a missão de recontar a lenda de Jason para as novas gerações de adolescentes.

Produzido por Michael Bay e dirigido por Marcus Nespiel, mesma dupla responsável por "reimaginar" outro clássico de terror, "O massacre da serra elétrica", o longa-metragem é ambientado onde tudo começou: o lago Crystal. Foi lá que o pequeno Jason morreu afogado muito tempo atrás, e que sua mãe, Pamela, diretora de um acampamento de verão no local, resolveu vingar o episódio matando grupos de garotos e garotas que passavam férias ali. Foi também no lago Crystal que, após a morte da mãe no primeiro filme, Jason renasceu e tocou o terror pelo menos até o quinto - dos até agora 12 - filmes da série, antes de se aventurar por Manhattan e até pela Rua Elm, casa do "colega de profissão" Freddy Krueger, em "Jason vs. Freddy".

Comprometido a retomar a fórmula de sucesso dos primeiros filmes da série - a saber: adolescentes cheios de vida e energia sexual metem o nariz onde não devem e acabam pagando o preço -, Nespiel escalou o ator Jared Padalecki ("Casa de cera", "Gilmore Girls") para viver Clay, um rapaz que se embrenha nas florestas do lago Crystal em busca de sua irmã desaparecida. É claro que Jason não gosta nada disso, e vai caçar cada um que invadir seu território.

Embora se aproveite de informações apresentadas principalmente nos dois primeiros longas da franquia, o diretor e os roteiristas cuidaram de fazer algumas alterações na mitologia de Jason neste "Sexta-feira 13". A origem da famosa máscara de hóquei de Jason, apresentada pela primeira vez no terceiro filme da série - até então ele só havia aparecido em flashbacks ou usando um saco de algodão na cabeça - na versão 2009 é outra.

É outro também o ator que interpreta Jason Vorhees, desta vez encarnado pelo careca Derek Mears. O ator e dublê americano, que já esteve em filmes como "Piratas do Caribe" e "Homens de preto 2", é o 12º a viver o papel de Jason ao longo das últimas décadas, entre os quais o mais conhecido foi Kane Hodder, do sétimo, oitavo, nono e décimo filmes.

Todos os jasons e suas vítimas, aliás, bem como diretores, roteiristas e produtores da franquia, estão em um documentário lançado nesta sexta-feira 13 na televisão americana. Apresentado por Tom Savini, diretor de efeitos especiais e co-criador de Jason no cinema, "His name was Jason - 30 years of Friday the 13th" recapitula os principais momentos da série, desvenda as motivações por trás dos crimes do personagem, disseca a fórmula vencedora dos filmes e, o mais bacana, reconta as mortes mais memoráveis da franquia e como elas foram criadas no set.

Em entrevista no programa, o compositor Harry Manfredini também esclarece a origem da clássica trilha do filme: o "kikiki... mamama..." que se ouve nas cenas de maior suspense da série teria sido inspirado nas iniciais da frase "Kill her, mommy", falada pela Sra. Vorhees, a mãe de Jason, em uma das sequências finais do longa original.

Com cerca de duas horas de duração, "His name was Jason" ainda não tem previsão de estreia na TV brasileira. Quem sabe na próxima sexta-feira 13? Só neste ano tem mais duas...